Nos últimos dias temos acompanhado tristes exemplos de casos que envolvem intolerância religiosa, violência contra o  povo quilombola e atos de racismo: retrato atual do nosso País.

A Casa Fanti Ashanti, uma das mais importantes casas de axé do Brasil, foi violentamente atacada e nós, enquanto Secretaria de Estado da Igualdade Racial (SEIR), nos posicionamos na defesa da liberdade de culto como é defendida pela Constituição Federal e que deve ser defendida por todos nós. Esse e outros casos de intolerância religiosa, tem sido acompanhados pela SEIR cabendo aos órgãos da justiça aplicar as devidas punições a luz das leis.

O assassinato do líder quilombola Edvaldo Pereira Rocha, da comunidade quilombola Jacarezinho, em São João do Sóter, demonstra outro alarmante avanço:  o da violência no campo contra os povos e comunidades tradicionais. Atendendo expressa determinação do Governador Carlos Brandão, nos deslocamos até o território no último sábado (30) ao lado da cúpula de segurança para prestar o nosso apoio, acompanhar o início das investigações e garantir proteção a outros líderes quilombolas que tem sido ameaçados. 

O racismo, cada vez mais exposto nas mais diversas formas, se fez presente em um triste ato contra a companheira Criciele Muniz, vítima de um ato praticado por uma loja de departamento da capital. Neste caso, também nos posicionamos em sua defesa e iremos acompanhar os seus desdobramentos junto aos órgãos competentes.

Portanto, após todos esses relatos, devemos cada vez mais nos posicionar na defesa do povo negro do Maranhão e dos povos e comunidades de matriz africana. Barrar o avanço do racismo, do fascismo e todas as formas covardes de violência é nosso dever e nos manteremos na trincheira de luta e resistência.

São Luís, 03 de maio de 2022.

Gerson Pinheiro

Secretário de Estado da Igualdade Racial